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Como o concentrador de oxigênio garante oxigênio puro ao paciente 0
O concentrador de oxigênio é um equipamento médico desenvolvido para
fornecer oxigênio suplementar a pessoas que apresentam doenças respiratórias
crônicas, como a DPOC, fibrose pulmonar, insuficiência respiratória ou apneia
do sono associada à hipoxemia. Diferente do cilindro de oxigênio, que armazena
o gás já comprimido, o concentrador é capaz de produzir o oxigênio em tempo
real, utilizando o ar ambiente.
Como é feita a entrega do oxigênio
O funcionamento do concentrador ocorre por meio de um sistema de filtros e
peneiras moleculares. O ar atmosférico é composto por aproximadamente 21%
de oxigênio, 78% de nitrogênio e pequenas quantidades de outros gases.
O equipamento capta esse ar, remove o nitrogênio por meio de peneiras de
zeólita e concentra o oxigênio, disponibilizando-o em níveis terapêuticos. Esse
oxigênio é entregue ao paciente de forma contínua, através de cânula nasal ou
máscara, com fluxo ajustado conforme a prescrição médica. Assim, o paciente
recebe a quantidade correta de oxigênio necessária para manter sua saturação
em níveis seguros.
Pureza do oxigênio
Um dos pontos centrais na oxigenoterapia é a pureza do oxigênio fornecido. Os
concentradores médicos garantem oxigênio com pureza entre 87% e 95%,
dependendo do modelo e da taxa de fluxo utilizada. Essa faixa de pureza está
de acordo com os padrões internacionais de qualidade e segurança para uso
clínico. Vale destacar que somente concentradores aprovados por órgãos de
saúde devem ser utilizados para tratamento, já que equipamentos recreativos ou
sem certificação não asseguram a pureza adequada para fins terapêuticos.
Vantagens em relação ao cilindro
O uso do concentrador de oxigênio traz diversas vantagens quando comparado
ao cilindro: - Autonomia: funciona de forma contínua, sem necessidade de
recargas, utilizando o ar ambiente. - Segurança: não há risco relacionado à alta
pressão, presente nos cilindros de oxigênio. - Praticidade: pode ser usado 24
horas por dia, de maneira ininterrupta. - Custo-benefício: reduz gastos logísticos
e operacionais, já que elimina o transporte e a recarga de cilindros.
Cuidados importantes
Para garantir a eficácia e a segurança do tratamento, alguns cuidados são
fundamentais: - Higienizar regularmente o copo umidificador e a cânula nasal. -
Manter os filtros do equipamento limpos e substituí-los conforme orientação
técnica. - Realizar revisões preventivas e corretivas junto à assistência técnica
autorizada. - Seguir sempre a prescrição médica em relação ao fluxo de oxigênio
indicado.
Em Resumo
O concentrador de oxigênio representa uma solução moderna, prática e segura
para pacientes que necessitam de oxigenoterapia. Ele assegura a entrega de
oxigênio em níveis adequados de pureza, proporciona autonomia ao paciente e
facilita o tratamento em ambiente domiciliar. Com o acompanhamento
profissional adequado e a manutenção preventiva do equipamento, é possível
garantir qualidade de vida e segurança ao longo da terapia.
Referências
American Thoracic Society. Home Oxygen Therapy for Adults with Chronic Lung
Disease. An Official American Thoracic Society Clinical Practice Guideline. Am J
Respir Crit Care Med. 2020;202(10):e121-e141. - GOLD – Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease. Global Strategy
for the Diagnosis, Management, and Prevention of COPD. 2024 Report. - Organização Mundial da Saúde (OMS). Medical oxygen: essential medicine for
COVID-19 and beyond. Geneva: WHO, 2021. - Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Diretrizes para Oxigenoterapia Domiciliar
Prolongada (ODP). J Bras Pneumol. 2009;35(10):1018-1028. - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT). Diretrizes para
Oxigenoterapia
Domiciliar
2009;35(10):1018-1028.
Prolongada (ODP). J Bras Pneumol.
- Oxigenar Equipamentos Médicos

Cuidados com a higienização de concentradores de oxigênio: evitando fungos e bactérias 0
Manter o concentrador de oxigênio limpo é essencial para garantir um tratamento seguro,
eficaz e livre de riscos à saúde. Isso porque o uso contínuo de oxigênio pode gerar
umidade e calor em alguns componentes, criando um ambiente ideal para a proliferação
de fungos, bactérias e outros micro-organismos.
Apesar de parecer simples, muitos pacientes acabam negligenciando a limpeza por falta
de orientação adequada. Isso pode levar a complicações respiratórias e infecções.
Neste artigo, vamos explicar como fazer a higienização correta do concentrador de
oxigênio e por que isso deve ser parte da sua rotina de cuidados.
Por que a limpeza do concentrador é tão importante?
Ao usar oxigenoterapia por períodos prolongados, principalmente com umidificação, o
aparelho pode acumular:
• Gotículas de água e resíduos orgânicos nos tubos e frascos
• Poeira nos filtros de ar
• Mofo e fungos em áreas úmidas mal ventiladas
Esses contaminantes podem causar infecções respiratórias, como sinusites, pneumonias
ou agravamento de doenças pulmonares crônicas como DPOC e fibrose pulmonar. Além
disso, o acúmulo de sujeira prejudica o desempenho do aparelho e reduz sua vida útil.
Quais partes devem ser higienizadas regularmente?
A limpeza correta envolve alguns cuidados básicos com as principais partes do
equipamento:
Frasco umidificador: deve ser lavado diariamente com água corrente e sabão neutro.
Uma vez por semana, recomenda-se desinfetar com uma solução de água e vinagre branco
(na proporção 1:1). Nunca use produtos abrasivos ou com cheiro forte.
Máscara ou óculos nasal: devem ser limpos diariamente com sabão neutro e água morna.
O enxágue deve ser completo para evitar resíduos. Se estiverem ressecados, opacos ou
deformados, é hora de substituir.
Filtro de admissão: localizado na parte traseira do aparelho. A substituição é
recomendada a cada 24 meses.
Filtro interno: em geral, deve ser substituído somente após reparos técnicos, conforme
orientação especializada.
Painel e superfície externa: devem ser higienizados com pano macio levemente
umedecido (sem encharcar) e álcool 70%.
Dicas extras para manter a segurança
- Nunca utilize produtos com cloro ou alvejantes
- Evite armazenar o concentrador em locais úmidos, fechados ou com poeira
- Certifique-se de que todos os itens estejam bem secos antes de conectá-los
novamente ao equipamento - Anote a data de troca dos componentes para manter um controle regular
- Em caso de dúvida, consulte a assistência técnica autorizada.
A limpeza do concentrador de oxigênio não é apenas uma questão de estética ou
conservação do equipamento. É uma etapa essencial do tratamento. Um aparelho limpo
contribui para um ambiente mais seguro, confortável e com menos riscos de complicações
respiratórias.
Referências
1. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) – Diretrizes de
Oxigenoterapia Domiciliar
2. U.S. Department of Health – Home Oxygen Therapy Safety Guidelines
3. Philips Respironics – Manual de Higienização de Equipamentos
- Oxigenar Equipamentos Médicos

Concentrador de oxigênio estacionário ou portátil: qual escolher e quando utilizar cada um? 0
Quando o uso de oxigênio suplementar se torna parte do cuidado com a saúde,
surgem dúvidas muito comuns. Entre elas, qual tipo de concentrador escolher:
estacionário ou portátil? Ambos têm o mesmo objetivo, mas atendem a
necessidades diferentes.
Neste post, vamos te ajudar a entender as diferenças e descobrir qual faz mais
sentido para cada momento da sua rotina.
O que é um concentrador de oxigênio?
É um equipamento que retira o oxigênio do ar ambiente, filtra e fornece esse gás
de forma concentrada ao paciente, de acordo com a prescrição médica. Ele pode
ser essencial em casos de doenças como DPOC, fibrose pulmonar, insuficiência
respiratória crônica, hipoxemia persistente e outras condições clínicas.
Concentrador estacionário
O concentrador estacionário é maior, mais robusto e foi desenvolvido para ficar
fixo em um cômodo da casa, geralmente próximo à poltrona ou cama. Ele
funciona ligado diretamente na tomada e pode oferecer fluxos mais altos e
constantes de oxigênio, geralmente até 5 ou 10 litros por minuto.
É recomendado para pacientes que necessitam de uso contínuo por várias horas
ao dia, que utilizam fluxo alto ou que não podem interromper a oxigenoterapia.
Também costuma ser indicado para o uso noturno, junto ao CPAP ou ventilador.
Esse modelo não é portátil e não funciona com bateria.
Concentrador portátil
O concentrador portátil é menor, leve e possui bateria. Pode ser levado em
viagens, passeios ou atividades do dia a dia. Existem modelos que funcionam
em fluxo pulsado, liberando oxigênio apenas durante a inspiração, e outros que
também oferecem fluxo contínuo, dependendo do modelo e da necessidade
clínica.
É indicado para pacientes mais ativos, que precisam de oxigênio durante
deslocamentos ou que desejam manter maior autonomia. A escolha deve
sempre levar em conta a prescrição médica e o estilo de vida de quem usa.
A autonomia da bateria varia bastante, geralmente entre 2 e 5 horas. Nem todos
os modelos portáteis oferecem fluxo contínuo, por isso a escolha deve ser
orientada por profissionais.
Como saber qual é o melhor para você
A decisão depende de vários fatores como o tempo de uso por dia, o tipo de fluxo
necessário, a autonomia desejada e o nível de mobilidade do paciente. Em
muitos casos, o ideal é contar com os dois equipamentos: o concentrador
estacionário para uso domiciliar e o portátil para deslocamentos e compromissos
fora de casa.
Conte com a O2 Brasil para fazer a escolha certa
Aqui na O2 Brasil você encontra orientação, suporte técnico e uma equipe pronta
para te ajudar a entender as diferenças entre os modelos e a escolher a melhor
solução para a sua saúde.
Respirar com qualidade faz toda a diferença. E você não está sozinho
nessa.
Referências
1. GOLD – Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease.
Global Strategy for the Diagnosis, Management, and Prevention of COPD.
2024 Report. Disponível em: https://goldcopd.org. Acesso em: jul. 2025.
2. COSTA, D.; PEREIRA, A. L. M.; LOPES, A. J. Oxigenoterapia domiciliar
prolongada: indicações, benefícios e limitações. Jornal Brasileiro de
Pneumologia, v. 34, n. 5, p. 363-371, 2008. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/jbpneu. Acesso em: jul. 2025.
3. BARBERAN-GARCIA, A. et al. Portable oxygen concentrators:
performance and clinical use in chronic respiratory patients. Respiratory
Medicine, v. 117, p. 81–87, 2016. DOI: 10.1016/j.rmed.2016.06.006.
4. CRAPO, J. D.; KELLY, D. Long-term oxygen therapy: from evidence to
practice. Respiratory Care, v. 56, n. 8, p. 1320–1329, 2011.
5. PHILIPS RESPIRONICS. Guia do Usuário: Concentrador de Oxigênio
EverFlo e SimplyGo. Documentação técnica do fabricante. Disponível em:
https://www.philips.com.br. Acesso em: jul. 2025.
- Oxigenar Equipamentos Médicos

Vai viajar com CPAP ou oxigênio? Tudo o que você precisa saber antes de embarcar 0
Com a chegada das férias e dos feriados prolongados, muita gente começa a
planejar aquela tão esperada viagem. Mas se você faz uso de equipamentos
como CPAP, BiPAP ou oxigênio domiciliar, é natural que surjam dúvidas: Posso
levar meu equipamento no avião? Preciso de autorização? E quanto à energia
elétrica no destino?
Neste post, reunimos as principais orientações para quem vai viajar com
dispositivos de terapia respiratória, seja por terra ou ar, para garantir uma
experiência tranquila, segura e sem contratempos.
1. Antes de tudo: planejamento é essencial
Ao programar uma viagem, o paciente que utiliza CPAP ou oxigenoterapia deve
incluir o equipamento como parte da bagagem essencial, da mesma forma que
documentos e medicamentos de uso contínuo. Considere o destino, o clima, a
estrutura do local, o acesso à energia elétrica e à assistência técnica, se
necessário. Em viagens longas, ter um plano B é fundamental.
2. Vai de avião? Fique atento à documentação
Se a viagem for de avião, a atenção deve ser redobrada. Cada companhia aérea
tem suas regras, mas em geral, você precisa:
- Levar a nota fiscal ou prescrição médica do equipamento;
- Informar a companhia com antecedência (recomendado ao menos 48 horas);
- Levar o CPAP como bagagem de mão, nunca despachado;
- Ter adaptadores de tomada e extensão elétrica, principalmente em voos
internacionais.
Para quem usa oxigênio:
O contato prévio com a companhia aérea é obrigatório. Cilindros de oxigênio não
são permitidos em voos comerciais, por questões de segurança. Por isso, o uso
de concentrador portátil de oxigênio é a única forma autorizada de embarcar
com terapia de oxigênio.
É fundamental verificar diretamente com a companhia quais documentos são
exigidos. Algumas solicitam: - Prescrição médica, descrevendo a necessidade do uso durante o voo; - Declaração de autonomia da bateria, e em alguns casos, o passageiro deve
apresentar baterias extras compatíveis com a duração total do voo, incluindo
escalas; - Tradução dos documentos para o inglês, especialmente em viagens
internacionais.
Vale lembrar que concentradores portáteis são equipamentos bivolt e não
transportam carga de oxigênio, funcionando por meio de filtragem do ar
ambiente. Isso garante mais segurança e praticidade tanto para o transporte
aéreo quanto terrestre.
3. Energia elétrica e baterias portáteis
Verifique a voltagem do local de destino (110V ou 220V) e leve adaptadores se
necessário. Para trajetos longos, o ideal é contar com baterias externas,
especialmente para CPAPs portáteis ou concentradores de oxigênio com
bateria. Esses equipamentos garantem autonomia durante deslocamentos ou
em locais com acesso limitado à energia.
4. Viajando de carro ou ônibus
É possível usar o equipamento com inversores de voltagem e adaptadores
veiculares. Se for de ônibus, consulte com antecedência a empresa sobre a
possibilidade de uso durante o trajeto. Nunca transporte cilindros de oxigênio em
locais fechados e sem ventilação, como porta-malas.
5. Cuidados extras
Leve sempre filtros extras, máscaras sobressalentes e tubos reservas. Telefones
de assistência técnica e locação também são importantes, especialmente em
viagens longas. Caso algo aconteça com o equipamento, você pode contar com
o suporte da O2 Brasil, inclusive para envio emergencial de CPAPs ou
concentradores.
Com a preparação certa, seu tratamento continua firme mesmo nas férias.
Se precisar, a O2 Brasil está com você em cada passo — ou em cada
quilômetro.
Referência:
PHILIPS. Viajando com apneia do sono. Disponível em:
https://www.philips.com.br/c-e/hs/sleep-apnea-therapy/traveling-with-sleep
apnea.html. Acesso em: 4 jul. 2025.
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Orientações sobre uso de
concentradores portáteis de oxigênio a bordo de aeronaves. Disponível em:
gov.br/anac. Acesso em: 4 jul. 2025.
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Água filtrada ou destilada no CPAP? Entenda a melhor escolha 0
Se você usa um aparelho de CPAP com umidificador, provavelmente já se
perguntou: afinal, qual tipo de água devo usar? Filtrada ou destilada?
Essa dúvida é comum, e entender a diferença entre elas é essencial para garantir
a durabilidade do equipamento e a sua saúde respiratória.
Por que a água é importante no CPAP?
O umidificador aquece a água para gerar vapor, que ajuda a deixar o ar mais
confortável durante a terapia, evitando ressecamento no nariz, garganta e boca.
Isso melhora a adaptação e a qualidade do sono.
Mas a qualidade da água usada no reservatório faz toda a diferença.
Água destilada: a escolha recomendada
A água destilada passa por um processo de purificação que remove minerais,
impurezas e microrganismos. Por isso, é a mais indicada para o uso diário no
CPAP.
Ela ajuda a:
Prevenir acúmulo de minerais e calcificações no reservatório;
Evitar danos à resistência e aos sensores do umidificador;
Reduzir o risco de proliferação de bactérias e fungos.
Importante: usar água destilada contribui para a vida útil do seu equipamento e
a segurança da sua terapia.
E a água filtrada?
A água filtrada pode ser uma opção emergencial em situações pontuais — por
exemplo, se você estiver viajando ou sem acesso à água destilada. No entanto,
ela ainda pode conter:
Minerais (como cálcio e magnésio);
Resíduos orgânicos;
Pequenas partículas que não são totalmente removidas por filtros
comuns.
Essas substâncias, com o tempo, podem danificar o equipamento ou favorecer
o surgimento de biofilme (camada de micro-organismos) no reservatório.
O que NÃO usar de forma alguma
Evite usar:
Água da torneira;
Água mineral;
Água de poço ou de galão;
Soro fisiológico.
Esses líquidos contêm minerais ou compostos que podem comprometer o
equipamento e a sua saúde.
É normal ter dúvidas no começo do uso do CPAP — principalmente quando
envolve o cuidado com o equipamento e a qualidade do ar que você está
respirando todas as noites.
Se você não tiver acesso fácil à água destilada ou estiver em dúvida sobre o que
pode ou não usar, entre em contato com um profissional de saúde do sono ou
com a equipe que acompanha seu tratamento. Orientações simples fazem toda
a diferença para garantir conforto e segurança na sua terapia.
Seu cuidado com esses detalhes mostra o quanto você está comprometido com
seu bem-estar — e isso já é um ótimo caminho.
REFERÊNCIAS
AMERICAN ACADEMY OF SLEEP MEDICINE. Clinical guidelines for the
manual titration of positive airway pressure in patients with obstructive
sleep apnea. Westchester, IL: AASM, 2008.
PHILIPS RESPIRONICS. Cleaning and maintenance: CPAP & BiPAP
devices. Disponível em: https://www.philips.com. Acesso em: 25 jun. 2025.
RESMED. Caring for your CPAP equipment. Disponível em:
https://www.resmed.com. Acesso em: 25 jun. 2025.
- Oxigenar Equipamentos Médicos

Dormir separados, amar de longe: o impacto do ronco nos casais 0
Você ama quem está ao seu lado — mas quando a noite chega, o som que vem da
respiração dele (ou dela) pode ser tudo, menos tranquilo.
O ronco é um daqueles problemas que muita gente prefere rir do que encarar. Mas quem
convive com isso sabe: não tem nada de engraçado em passar noites em claro, acordar
cansada, irritada, e aos poucos se distanciar de quem você ama, simplesmente porque não conseguem mais dividir a mesma cama.
Se isso está acontecendo com você — ou se você sente que sua parceira(o) está cada vez
mais distante por conta do seu ronco — vale a pena saber que vocês não estão sozinhos. E mais ainda: isso tem solução.
Quando o ronco afasta mais do que aproxima
No Brasil, cerca de 40% dos adultos roncam com frequência, segundo dados da Associação Brasileira do Sono (2013). Em São Paulo, o estudo epidemiológico EPISONO, conduzido pelo Instituto do Sono, revelou que a apneia obstrutiva do sono — condição muitas vezes associada ao ronco intenso — atinge até 32,9% da população adulta (Tufik et al., 2010).
O que parece uma simples dificuldade de respirar durante a noite pode se tornar um
problema conjugal: uma das soluções mais comuns que os casais encontram é dormir em
quartos separados, prática conhecida como “divórcio do sono”. No entanto, o que se ganha em silêncio pode se perder em afeto, proximidade e conexão emocional.
A separação física na hora de dormir pode levar ao distanciamento afetivo. O carinho
noturno, o toque, a conversa antes de adormecer — tudo isso pode se perder quando o
ronco se impõe como uma barreira entre os dois.
Dormir mal também desgasta o relacionamento
Estudos mostram que parceiros de pessoas que roncam têm menor eficiência no sono,
chegando a perder até uma hora de descanso por noite. Isso causa irritabilidade, fadiga e
perda de libido — fatores que alimentam o desgaste emocional da relação.
Além disso, a privação crônica de sono pode reduzir a empatia entre os parceiros e
aumentar o número de conflitos, como apontado por pesquisas realizadas na Universidade
da Califórnia (Ben Simon & Walker, 2018). No Brasil, especialistas da Associação Brasileira
do Sono destacam que os distúrbios respiratórios noturnos estão entre os principais fatores
de estresse conjugal, atrás apenas de questões financeiras e relacionamentos
extraconjugais.
Mas o ronco tem tratamento — e o amor agradece
Quando o ronco está associado à apneia do sono, o tratamento mais indicado é o uso do
CPAP — um equipamento que mantém as vias aéreas abertas durante o sono, promovendo
uma respiração regular e silenciosa.
E os benefícios não são apenas clínicos, são também afetivos:
• Pacientes voltam a dormir profundamente;
• Parceiros retomam a qualidade de vida e o descanso noturno;
• A convivência melhora, o humor se estabiliza e o relacionamento ganha
fôlego.
Clínicas especializadas e relatos observacionais mostram que muitos casais conseguem
voltar a dormir juntos após o início do tratamento com CPAP. Mais do que um aparelho, ele se torna uma ferramenta de reconexão para quem havia perdido o sono — e o companheirismo.
Neste Dia dos Namorados, talvez o melhor presente seja o silêncio
Talvez o presente mais valioso não seja uma joia, um jantar ou uma viagem.
Talvez seja voltar a dormir juntos — e bem.
Talvez seja conversar sobre um problema que vem sendo ignorado, mas que já deixou
marcas.
Talvez seja procurar tratamento e reencontrar a conexão que parecia estar se perdendo.
Na O2 Brasil, entendemos que cuidar do sono é também cuidar do relacionamento. Por
isso, oferecemos tudo o que você precisa para tratar a apneia do sono, promovendo:
• A recuperação do sono e da disposição;
• A redução do estresse, irritabilidade e da distância emocional;
• Mais saúde, qualidade de vida e bem-estar para o casal.
Se o ronco está afastando vocês, talvez seja hora de aproximar com silêncio.
Um silêncio cheio de cuidado, descanso e reconexão.
Referências
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO SONO. Recomendações para o diagnóstico
e tratamento da síndrome da apneia obstrutiva do sono no adulto. São Paulo: Estação
Brasil, 2013.
• TUfIK, S. et al. Epidemiologic study of sleep disorders in the adult population
of São Paulo, Brazil. Sleep Medicine, v. 11, n. 5, p. 447–454, 2010.
• BEN SIMON, E.; WALKER, M. P. Sleep loss and interpersonal conflict: A
naturalistic observational study. Journal of Neuroscience, v. 38, n. 23, p. 5567-5573, 2018.
- Oxigenar Equipamentos Médicos

CPAP no Inverno: Como o Frio Pode Interferir no Conforto e Como Resolver 0
Quando o frio chega, muitas pessoas sentem no corpo os efeitos do ar mais seco - nariz entupido,garganta irritada e até tosses mais frequentes. Para quem usa CPAP, essas mudanças podem interferir bastante no conforto durante o sono. O que pouca gente sabe é que, com alguns ajustes simples, dá para evitar esses desconfortos e manter o tratamento funcionando bem mesmo nas noites mais geladas.
No inverno, o ar ambiente tende a ficar mais seco - especialmente em regiões com baixas
temperaturas ou em casas fechadas com pouca circulação de ar. Como o CPAP capta esse ar e o envia diretamente para as vias respiratórias, a sensação de ressecamento pode ser bastante intensa. É aí que entra o papel do umidificador do CPAP: ele ajuda a adicionar umidade ao ar, tornando a respiração mais confortável e protegendo as mucosas.
Mas não basta só ligar o umidificador - é importante saber ajustar o nível de umidificação. Se o ar estiver muito seco e você sentir a garganta arranhando ou o nariz congestionado ao acordar, talvez seja o caso de aumentar a umidificação. Por outro lado, se o nível estiver muito alto, pode haver acúmulo de água na traqueia, o que causa aquela sensação desagradável de "gotejamento" durante a noite. Por isso, vale a pena observar como seu corpo responde e ir fazendo pequenos ajustes até encontrar o ponto ideal.
Outro recurso que faz diferença nos meses frios é a traqueia aquecida. Esse acessório, que substitui o tubo convencional do CPAP, tem um sistema de aquecimento interno que mantém a temperatura do ar constante. Isso evita dois problemas comuns do inverno: a sensação de ar gelado nas vias respiratórias e o acúmulo de água dentro da mangueira - um fenômeno conhecido como condensação, que pode interromper o sono e até causar pequenos engasgos.
A traqueia aquecida funciona em conjunto com o umidificador e pode ser regulada de acordo com a temperatura ambiente. Em noites muito frias, esse conjunto faz toda a diferença para manter o conforto e evitar interrupções no uso. É especialmente útil para quem mora em regiões com invernos rigorosos ou para pacientes mais sensíveis ao ar seco.
Se você tem sentido desconforto nas últimas noites, vale revisar esses dois pontos: o nível de umidificação e o uso (ou não) da traqueia aquecida. Em muitos casos, essas simples mudanças já são suficientes para transformar a experiência com o CPAP durante o inverno.
Mais importante do que qualquer ajuste técnico é manter a constância no uso. Mesmo nos dias mais frios, o tratamento com CPAP continua sendo essencial para garantir um sono reparador e cuidar da saúde de forma integral. E com as adaptações certas, o inverno não precisa ser um obstáculo - pode até ser a estação mais aconchegante para dormir bem.
Referências:-
Borel, J.C., et al. (2012). Humidification and CPAP therapy: a review of the literature. European
Respiratory Review, 21(123), 234-241.- Rotenberg, B.W. et al. (2016). Temperature and humidification in CPAP therapy: a systematic
review. Sleep and Breathing, 20(1), 19-26.- American Academy of Sleep Medicine (2021). Clinical Practice Guidelines for CPAP Use in
Obstructive Sleep Apnea
- Oxigenar Equipamentos Médicos

CPAP com conectividade: como os dados ajudam no seu tratamento 0
Se você usa ou está pensando em usar um aparelho CPAP para tratar a apneia do sono, talvez já tenha ouvido falar sobre os modelos "com conectividade" que se conectam ao Wi-Fi ou Bluetooth para enviar informações sobre o seu sono. Mas afinal, para que servem esses dados? Eles realmente fazem diferença no tratamento?
Neste post, vamos explicar de forma simples como essa tecnologia funciona, por que ela é útil e como pode ajudar você (e sua equipe de saúde) a alcançar melhores resultados com o uso do CPAP.
O que é um CPAP com conectividade?
Um CPAP com conectividade é um aparelho que registra dados do seu sono, como tempo de uso, índice de apneia e hipopneia (IAH), vazamento da máscara e outros e envia essas informações automaticamente para uma plataforma online.
Esses dados podem ser acessados por você e, em muitos casos, também por profissionais de saúde, que podem acompanhar seu progresso de maneira remota, sem que você precise sair de casa com frequência para fazer ajustes.
Quais informações o aparelho monitora?
Normalmente, os dados incluem:
-
Tempo de uso por noite
-
Número de eventos respiratórios por hora (IAH)
-
Vazamentos na máscara
-
Pressões usadas durante a noite
-
Despertares ou irregularidades detectadas
Esses números são valiosos para avaliar se o tratamento está sendo eficaz e se você está usando o aparelho da forma correta.
Por que esses dados são importantes?
O monitoramento contínuo ajuda a:
-
Aumentar a adesão ao tratamento
Estudos mostram que pacientes que têm acesso aos seus dados tendem a usar o CPAP por mais tempo e com mais regularidade. -
Detectar problemas rapidamente
Vazamento na máscara? Pressão insuficiente? Falta de uso? A conectividade permite que esses problemas sejam identificados logo no início, evitando que o tratamento seja interrompido sem perceber. -
Ajustar o tratamento com precisão
Com base nos dados, o profissional de saúde pode fazer ajustes finos na pressão ou orientar você sobre a troca da máscara, melhorando o conforto e a eficácia do CPAP. -
Aumentar a autonomia do paciente
Quando você entende os dados do seu tratamento, é mais fácil perceber os benefícios e se motivar a seguir em frente.
Evidência científica apoia o uso de CPAPs com conectividade?
Sim. Uma revisão publicada no Journal of Clinical Sleep Medicine demonstrou que o uso de ferramentas de monitoramento remoto e feedback digital melhora significativamente a adesão ao tratamento com CPAP.
Outro estudo, publicado no Sleep Health, destacou que intervenções baseadas em telemonitoramento têm impacto positivo no uso regular do aparelho.
O CPAP com conectividade é uma ferramenta que vai além de tratar a apneia do sono, ele aproxima você do seu tratamento, torna o acompanhamento mais preciso e permite ajustes personalizados.
Mais do que tecnologia, é uma forma de cuidado contínuo.
Se você já usa um CPAP assim, aproveite para acompanhar seus dados e conversar com seu profissional de saúde sobre como melhorar ainda mais a sua adaptação.
Referências
-
Aloia, M. S. et al. (2013). Improving adherence to CPAP: a review of behavioral interventions. Sleep Medicine Clinics, 8(2), 345–362.
-
Bakker, J. P., Wang, R., Weng, J., Redline, S., & Patel, S. R. (2016). Motivational Enhancement for Increasing CPAP Adherence: A Randomized Controlled Trial. Chest, 150(2), 337–345.
-
Hwang, D., Chang, J. W., Benjafield, A., & Crocker, M. E. (2018). Telehealth interventions for treatment adherence in obstructive sleep apnea: A systematic review and meta-analysis. Sleep Health, 4(3), 235–247.
- Oxigenar Equipamentos Médicos

Por que a atividade física é importante para o nosso sono? 0
Uma boa noite de sono é tão essencial para a saúde quanto uma alimentação
equilibrada e a prática regular de atividade física. Embora muitas pessoas
recorram a medicamentos ou técnicas de relaxamento para dormir melhor, um
dos aliados mais eficazes, e naturais, para melhorar o sono é o exercício físico.
Atividade física e sono: qual é a relação?
Diversos estudos mostram que pessoas fisicamente ativas têm melhor qualidade
de sono, adormecem mais rápido e acordam menos durante a noite. O exercício
físico influencia positivamente o sono por vários mecanismos:
Regulação do ritmo circadiano: a exposição à luz solar durante
exercícios ao ar livre ajuda a sincronizar o relógio biológico, favorecendo
a produção de melatonina à noite.
Redução do estresse e da ansiedade: a prática regular de atividade
física reduz os níveis de cortisol (hormônio do estresse) e aumenta a
liberação de endorfinas, contribuindo para um estado mental mais
relaxado na hora de dormir.
Aumento da pressão de sono: o gasto energético decorrente do
exercício promove uma maior "necessidade" fisiológica de dormir, o que
se traduz em um sono mais profundo e restaurador.
Segundo uma revisão publicada no Journal of Clinical Sleep Medicine, exercícios
aeróbicos moderados, como caminhada, natação e ciclismo, praticados de forma
regular (pelo menos 150 minutos por semana), podem melhorar
significativamente a qualidade do sono, especialmente em pessoas com insônia
leve a moderada.
O momento do exercício importa?
Sim. Embora o exercício físico seja benéfico em geral, o horário pode influenciar
o sono. Atividades muito intensas próximas da hora de dormir podem dificultar o
adormecer em algumas pessoas, devido ao aumento da frequência cardíaca e
da temperatura corporal. O ideal é praticar exercícios pelo menos 3 horas antes
de dormir, preferencialmente no período da manhã ou no final da tarde.
E a apneia do sono?
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é um distúrbio caracterizado por interrupções
repetidas da respiração durante o sono, causando despertares frequentes e
sonolência diurna. O tratamento geralmente envolve o uso de dispositivos como
o CPAP, mas a atividade física tem se mostrado uma importante aliada no
manejo da doença.
Estudos indicam que o exercício físico regular pode reduzir a gravidade da
apneia, mesmo sem perda significativa de peso. Um ensaio clínico publicado no
Sleep Medicine Reviews mostrou que programas de treinamento aeróbico e de
resistência melhoraram a função respiratória, aumentaram o tônus muscular da
via aérea superior e reduziram a frequência de eventos apneicos.
Além disso, pessoas ativas tendem a ter melhor qualidade de sono e maior
eficiência do sono, o que contribui para uma recuperação mais efetiva dos
sintomas da AOS.
A atividade física não é apenas um pilar da saúde cardiovascular, metabólica e
mental, ela também é essencial para a saúde do sono. Ao se exercitar
regularmente, você melhora não só o tempo e a qualidade do seu sono, mas
também fortalece o corpo contra distúrbios como a apneia do sono. Portanto,
mover-se mais durante o dia pode ser o caminho mais simples e natural para
dormir melhor à noite.
Referências:
KRINSKY, L. A. et al. Effect of physical exercise on sleep quality: a systematic
review. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 27, n. 1, p. 75–
82, 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbme/. Acesso em: 6 maio 2025.
DÁVILA, E. P. et al. The effect of physical exercise on obstructive sleep apnea:
a systematic review and meta-analysis. Sleep Medicine Reviews, Amsterdam, v.
40, p. 27–35, 2018. DOI: https://doi.org/10.1016/j.smrv.2017.09.001.
KREDLOW, M. A. et al. The effects of physical activity on sleep: a meta-analytic
review. Journal of Behavioral Medicine, New York, v. 38, n. 3, p. 427–449, 2015.
DOI: https://doi.org/10.1007/s10865-015-9617-6.
REIMÃO, R.; LEITE, J. R. Sono normal e seus distúrbios. São Paulo: Atheneu,
2008.
MARTINS, R. J.; GRIVOL, K. S. Exercício físico como tratamento adjunto na
apneia obstrutiva do sono. Revista Neurociências, São Paulo, v. 22, n. 1, p. 143–
150, 2014. Disponível em: http://www.revistaneurociencias.com.br/. Acesso em:
6 maio 2025.
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A relação entre ronco e apneia: todo roncador tem apneia? 0
O ronco é um dos sons noturnos mais comuns. Muitas vezes encarado com
humor ou como algo inofensivo, ele pode, na verdade, ser um sinal de alerta
importante para problemas respiratórios durante o sono — especialmente a
apneia obstrutiva do sono (AOS). Mas será que todo mundo que ronca tem
apneia? A resposta é: nem sempre, mas é preciso investigar.
O que causa o ronco?
O ronco acontece quando há uma vibração das estruturas da garganta (como o
palato mole e a úvula) durante a passagem do ar. Isso ocorre principalmente
quando os músculos da faringe relaxam excessivamente durante o sono, o que
estreita as vias aéreas. Fatores como obesidade, consumo de álcool, tabagismo,
desvio de septo e até a posição ao dormir podem favorecer esse estreitamento.
Existem dois tipos principais de ronco:
Ronco primário (ou simples): é aquele que ocorre sem pausas
respiratórias e sem prejuízo na oxigenação ou fragmentação significativa
do sono.
Ronco associado à apneia do sono: ocorre quando o ronco é
acompanhado de paradas respiratórias (apneias) e/ou reduções do fluxo
de ar (hipopneias), levando a microdespertares e queda na oxigenação.
Quando o ronco deve acender um sinal de alerta?
Você deve suspeitar de apneia do sono se, além do ronco, houver:
Pausas respiratórias percebidas por outra pessoa
Sonolência excessiva durante o dia
Dores de cabeça matinais
Irritabilidade ou dificuldade de concentração
Acordar com sensação de sufocamento
Sono não reparador, mesmo após várias horas
Roncar é normal? Nem sempre
Embora o ronco simples não represente um risco imediato à saúde, ele pode
evoluir para quadros mais graves com o tempo. Além disso, mesmo o ronco sem
apneia pode prejudicar a qualidade do sono de quem dorme ao lado — o
chamado “prejuízo social do sono”.
Diagnóstico é fundamental
O diagnóstico da apneia do sono é feito por meio da polissonografia, exame
que avalia os padrões respiratórios, oxigenação e qualidade do sono. É a única
forma segura de diferenciar o ronco simples da apneia do sono.
Conclusão
Nem todo roncador tem apneia do sono, mas todo roncador merece
atenção. O ronco pode ser apenas um incômodo ou um sinal de algo mais sério.
Consultar um profissional da saúde do sono é o primeiro passo para garantir
noites mais tranquilas — e saúde a longo prazo.
AMERICAN ACADEMY OF SLEEP MEDICINE. Clinical guideline for the
evaluation, management and long-term care of obstructive sleep apnea in
adults. Journal of Clinical Sleep Medicine, Westchester, v. 5, n. 3, p. 263–276,
2009. Disponível em: https://jcsm.aasm.org. Acesso em: 29 abr. 2025.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Diretrizes
para o diagnóstico da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) na
infância e na idade adulta. [s.l.], 2011. Disponível em: https://www.sbpt.org.br.
Acesso em: 29 abr. 2025.
EPSTEIN, L. J. et al. Clinical guideline for the evaluation, management and
long-term care of obstructive sleep apnea in adults. Journal of Clinical Sleep
Medicine, Westchester, v. 5, n. 3, p. 263–276, 2009. Disponível em:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19960649/. Acesso em: 29 abr. 2025.
MAYO CLINIC. Snoring – symptoms and causes. Rochester, 2024.
Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseasesconditions/snoring/symptoms-causes/syc-20377694. Acesso em: 29 abr.
2025.
NATIONAL HEART, LUNG, AND BLOOD INSTITUTE. What is sleep apnea?
Bethesda, 2024. Disponível em: https://www.nhlbi.nih.gov/health/sleepapnea. Acesso em: 29 abr. 2025.
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Apneia do Sono em Mulheres: Quando os Sintomas Passam Despercebidos 0
A apneia do sono é uma condição séria que vai muito além do ronco. Ela afeta
homens e mulheres, mas, no caso delas, os sinais muitas vezes são mais sutis
e acabam sendo confundidos com outras questões de saúde, como estresse,
ansiedade ou até insônia.
Como a apneia do sono se manifesta nas mulheres
Ao contrário do que muita gente imagina, a mulher com apneia do sono nem
sempre ronca alto ou apresenta pausas claras na respiração. Os sintomas
podem aparecer de forma mais discreta:
Fadiga constante, mesmo após uma noite inteira de sono
Dores de cabeça pela manhã
Irritabilidade ou tristeza frequente
Ansiedade ou quadros depressivos
Dificuldade para se concentrar ou lembrar de coisas simples
Insônia ou sono fragmentado
Vontade de urinar várias vezes durante a noite
Esses sintomas podem parecer "normais" diante da correria do dia a dia, mas
também podem indicar algo mais sério: uma apneia do sono não
diagnosticada.
Por que os sintomas são diferentes?
Os hormônios femininos, especialmente o estrogênio e a progesterona, ajudam
a manter as vias respiratórias mais estáveis durante o sono. Por isso, mulheres
em idade fértil costumam ter menos episódios de apneia. No entanto, esse
risco aumenta depois da menopausa, quando há queda desses hormônios.
Além disso, alterações hormonais como as que ocorrem na síndrome dos
ovários policísticos (SOP) também estão ligadas a uma maior chance de
apneia, mesmo em mulheres jovens.
Por que o diagnóstico é importante?
A apneia do sono não tratada pode aumentar o risco de:
Pressão alta
Problemas no coração (como arritmias e infarto)
Depressão e ansiedade
Ganho de peso e dificuldade para emagrecer
Rendimento ruim no trabalho ou nos estudos
Por isso, ao perceber sintomas como cansaço crônico, alterações de humor ou
dificuldade de dormir bem, é importante procurar um médico. O diagnóstico é
feito com exames como a polissonografia, que monitora o sono durante a
noite.
A apneia do sono nas mulheres pode ser silenciosa, mas seus impactos não
são. Se você se identifica com os sintomas, vale a pena investigar. Dormir bem
é essencial para a saúde física e emocional — e qualidade de vida começa
com uma boa noite de sono.
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Apneia do Sono e Ganho de Peso: Uma Via de Mão Dupla? 0
Você já teve a sensação de que quanto mais cansado está, mais difícil fica
resistir à comida? Ou percebeu que, mesmo se esforçando para emagrecer, o
ponteiro da balança parece travado? Pois é, talvez o sono esteja no centro dessa
equação.
A apneia obstrutiva do sono (AOS) é uma condição caracterizada por
interrupções repetidas na respiração durante o sono. O que muitos não sabem
é que ela está intimamente ligada ao excesso de peso — e essa relação é uma
verdadeira via de mão dupla.
Como o excesso de peso pode levar à apneia do sono
Pessoas com sobrepeso ou obesidade têm maior risco de desenvolver apneia
do sono, especialmente pela distribuição da gordura corporal. O acúmulo de
gordura na região do pescoço pode comprimir as vias aéreas superiores,
dificultando a passagem do ar. Além disso, o aumento da gordura abdominal
compromete a mecânica respiratória, reduzindo a capacidade pulmonar e
aumentando o esforço necessário para respirar durante o sono.
Estudos mostram que até 70% das pessoas com apneia do sono têm sobrepeso
ou obesidade. Quanto maior o índice de massa corporal (IMC), maior o risco de
desenvolver a condição.
Mas a apneia também pode favorecer o ganho de peso
Dormir mal bagunça o metabolismo. A fragmentação do sono e a queda nos
níveis de oxigênio no sangue — características da apneia — levam a alterações
hormonais importantes: aumento da grelina (hormônio da fome) e redução da
leptina (hormônio da saciedade). O resultado? Mais fome, mais vontade de
comer alimentos calóricos e menos saciedade após as refeições.
Além disso, o cansaço crônico reduz a disposição para praticar atividades físicas,
o que pode levar ao sedentarismo. Há também um aumento da resistência à
insulina e da inflamação sistêmica, ambos associados ao acúmulo de gordura
corporal.
Um ciclo vicioso difícil de quebrar
A apneia e o ganho de peso se alimentam mutuamente, criando um ciclo difícil
de romper. Muitas vezes, a pessoa engorda e desenvolve apneia, mas a própria
apneia dificulta a perda de peso, o que piora ainda mais o quadro.
Esse ciclo é especialmente cruel porque, mesmo com dieta e exercícios, quem
não dorme bem pode ter mais dificuldade para ver resultados.
Como romper esse ciclo?
A boa notícia é que tratar a apneia pode ajudar no controle do peso — e vice
versa.
O uso do CPAP (aparelho que mantém as vias aéreas abertas durante o sono)
melhora a qualidade do sono, reduz o cansaço e regula os hormônios da fome.
Isso facilita mudanças no estilo de vida, como a prática regular de atividade física
e o controle alimentar.
Por outro lado, perder peso (mesmo que moderadamente) pode reduzir a
gravidade da apneia ou até eliminá-la, dependendo do caso.
Sono e peso caminham juntos. Se você tem dificuldades para emagrecer e vive
cansado, ronca alto ou acorda sufocado à noite, vale a pena investigar a
possibilidade de apneia do sono. Cuidar do sono é cuidar do metabolismo — e
quebrar esse ciclo é possível com diagnóstico, tratamento e mudanças
consistentes no estilo de vida.
Referências Bibliográficas
Peppard PE, Young T, Palta M, Dempsey J, Skatrud J. Longitudinal
Study of Moderate Weight Change and Sleep-Disordered Breathing.
JAMA. 2000;284(23):3015–3021. doi:10.1001/jama.284.23.3015
Tasali E, Ip MS. Obstructive Sleep Apnea and Metabolic Syndrome:
Alterations in Glucose Metabolism and Inflammation. Proc Am Thorac
Soc. 2008;5(2):207–217. doi:10.1513/pats.200708-137MG
Young T, Peppard PE, Gottlieb DJ. Epidemiology of Obstructive Sleep
Apnea: A Population Health Perspective. Am J Respir Crit Care Med.
2002;165(9):1217–1239. doi:10.1164/rccm.2109080
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