Dormir separados, amar de longe: o impacto do ronco nos casais

Você ama quem está ao seu lado — mas quando a noite chega, o som que vem da
respiração dele (ou dela) pode ser tudo, menos tranquilo.
O ronco é um daqueles problemas que muita gente prefere rir do que encarar. Mas quem
convive com isso sabe: não tem nada de engraçado em passar noites em claro, acordar
cansada, irritada, e aos poucos se distanciar de quem você ama, simplesmente porque não conseguem mais dividir a mesma cama.
Se isso está acontecendo com você — ou se você sente que sua parceira(o) está cada vez
mais distante por conta do seu ronco — vale a pena saber que vocês não estão sozinhos. E mais ainda: isso tem solução.
Quando o ronco afasta mais do que aproxima
No Brasil, cerca de 40% dos adultos roncam com frequência, segundo dados da Associação Brasileira do Sono (2013). Em São Paulo, o estudo epidemiológico EPISONO, conduzido pelo Instituto do Sono, revelou que a apneia obstrutiva do sono — condição muitas vezes associada ao ronco intenso — atinge até 32,9% da população adulta (Tufik et al., 2010).
O que parece uma simples dificuldade de respirar durante a noite pode se tornar um
problema conjugal: uma das soluções mais comuns que os casais encontram é dormir em
quartos separados, prática conhecida como “divórcio do sono”. No entanto, o que se ganha em silêncio pode se perder em afeto, proximidade e conexão emocional.
A separação física na hora de dormir pode levar ao distanciamento afetivo. O carinho
noturno, o toque, a conversa antes de adormecer — tudo isso pode se perder quando o
ronco se impõe como uma barreira entre os dois.
Dormir mal também desgasta o relacionamento
Estudos mostram que parceiros de pessoas que roncam têm menor eficiência no sono,
chegando a perder até uma hora de descanso por noite. Isso causa irritabilidade, fadiga e
perda de libido — fatores que alimentam o desgaste emocional da relação.
Além disso, a privação crônica de sono pode reduzir a empatia entre os parceiros e
aumentar o número de conflitos, como apontado por pesquisas realizadas na Universidade
da Califórnia (Ben Simon & Walker, 2018). No Brasil, especialistas da Associação Brasileira
do Sono destacam que os distúrbios respiratórios noturnos estão entre os principais fatores
de estresse conjugal, atrás apenas de questões financeiras e relacionamentos
extraconjugais.
Mas o ronco tem tratamento — e o amor agradece
Quando o ronco está associado à apneia do sono, o tratamento mais indicado é o uso do
CPAP — um equipamento que mantém as vias aéreas abertas durante o sono, promovendo
uma respiração regular e silenciosa.
E os benefícios não são apenas clínicos, são também afetivos:
• Pacientes voltam a dormir profundamente;
• Parceiros retomam a qualidade de vida e o descanso noturno;
• A convivência melhora, o humor se estabiliza e o relacionamento ganha
fôlego.
Clínicas especializadas e relatos observacionais mostram que muitos casais conseguem
voltar a dormir juntos após o início do tratamento com CPAP. Mais do que um aparelho, ele se torna uma ferramenta de reconexão para quem havia perdido o sono — e o companheirismo.
Neste Dia dos Namorados, talvez o melhor presente seja o silêncio
Talvez o presente mais valioso não seja uma joia, um jantar ou uma viagem.
Talvez seja voltar a dormir juntos — e bem.
Talvez seja conversar sobre um problema que vem sendo ignorado, mas que já deixou
marcas.
Talvez seja procurar tratamento e reencontrar a conexão que parecia estar se perdendo.
Na O2 Brasil, entendemos que cuidar do sono é também cuidar do relacionamento. Por
isso, oferecemos tudo o que você precisa para tratar a apneia do sono, promovendo:
• A recuperação do sono e da disposição;
• A redução do estresse, irritabilidade e da distância emocional;
• Mais saúde, qualidade de vida e bem-estar para o casal.
Se o ronco está afastando vocês, talvez seja hora de aproximar com silêncio.
Um silêncio cheio de cuidado, descanso e reconexão.
Referências
• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO SONO. Recomendações para o diagnóstico
e tratamento da síndrome da apneia obstrutiva do sono no adulto. São Paulo: Estação
Brasil, 2013.
• TUfIK, S. et al. Epidemiologic study of sleep disorders in the adult population
of São Paulo, Brazil. Sleep Medicine, v. 11, n. 5, p. 447–454, 2010.
• BEN SIMON, E.; WALKER, M. P. Sleep loss and interpersonal conflict: A
naturalistic observational study. Journal of Neuroscience, v. 38, n. 23, p. 5567-5573, 2018.
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