Por que é importante investigar os distúrbios do sono?

Você acorda cansado mesmo depois de dormir várias horas? Tem dificuldade
para se concentrar durante o dia? Dorme e acorda com dor de cabeça ou vive
com sono acumulado? Esses podem ser sinais de que seu sono não está sendo
de qualidade, e vale a pena investigar.
Distúrbios do sono, como a apneia obstrutiva do sono, vão muito além do ronco.
Eles podem afetar a memória, o humor, o rendimento no trabalho e até aumentar
o risco de pressão alta, diabetes e problemas no coração. Por isso, entender
como você dorme é essencial para cuidar da saúde como um todo.
E aí entra a polissonografia, o exame que monitora o seu sono e ajuda os
médicos a entenderem o que está acontecendo durante a noite.
Tipos de Polissonografia – Qual é o ideal para você?
Existem diferentes tipos de polissonografia. A escolha vai depender da sua
queixa, da complexidade do caso e da orientação do profissional de saúde.
Vamos conhecer os principais?
Tipo I – Polissonografia no laboratório do sono
É o mais completo e detalhado. Você dorme em um quarto preparado para isso,
com sensores que registram sua atividade cerebral, respiração, batimentos
cardíacos, movimentos, entre outros. Tudo com acompanhamento técnico
durante a noite.
Indicado para casos mais complexos ou quando os outros tipos não foram
conclusivos.
Tipo II – Polissonografia domiciliar completa
É parecida com a do laboratório, mas feita em casa. Você leva os equipamentos
para casa e dorme na sua própria cama. Ela registra quase tudo que o tipo I
monitora, mas sem alguém acompanhando ao vivo.
Boa opção para quem tem dificuldade de dormir fora de casa.
Tipo III – Estudo do sono simplificado
Mais enxuta, essa versão monitora o essencial: respiração, oxigênio no sangue,
batimentos e esforço respiratório. É bastante usada para investigar apneia do
sono em adultos com sintomas claros.
Mais prática e acessível, também feita em casa.
Tipo IV – Monitoramento básico
Avalia só 1 ou 2 parâmetros (normalmente a oxigenação do sangue). Serve
como triagem ou para reforçar a suspeita clínica de apneia, mas não substitui os
outros exames.
Útil em situações específicas, mas não é o ideal para diagnóstico completo.
Se você suspeita que algo está errado com o seu sono, não ignore os sinais.
A polissonografia é uma ferramenta fundamental para entender o que está
acontecendo e iniciar o tratamento certo. Dormir bem não é luxo, é necessidade!
Converse com seu médico e veja qual tipo de exame faz mais sentido para você.
Referências bibliográficas
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